É comum que as pessoas optem pelo financiamento junto a uma instituição bancária, para adquirir um bem. Entretanto, como aponta o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, o atraso de suas parcelas podem acarretar consequências que vão além dos juros e multas, impactando os direitos do bem financiado. Ficou curioso para saber como o atraso pode afetar os direitos do consumidor e quais são seus direitos nessa situação? Siga com a leitura.
O que acontece quando o devedor se atrasa no pagamento das parcelas?
Quando o devedor se atrasa no pagamento das parcelas de um financiamento, ele começa a acumular juros de mora e multas previstas no contrato. Esses encargos adicionais podem aumentar substancialmente o valor da dívida, tornando mais difícil a regularização da situação. Dependendo do tempo de atraso, o credor pode também iniciar processos administrativos ou judiciais para cobrar o valor devido.
Além dos encargos financeiros, o atraso pode resultar em ações mais drásticas, como a inclusão do nome do devedor em cadastros de inadimplentes. Conforme apresenta o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, isso pode afetar diretamente o crédito do devedor, tornando mais difícil a obtenção de novos financiamentos ou até mesmo de serviços essenciais. A negativação é um passo importante que pode complicar ainda mais a vida financeira do inadimplente.
Como o atraso afeta os direitos sobre o bem financiado?
Quando o devedor se atrasa no pagamento das parcelas de um financiamento de bem, como um imóvel ou veículo, ele pode perder o direito de manter o bem em sua posse. O contrato de financiamento geralmente inclui uma cláusula que prevê a possibilidade de retomada do bem em caso de inadimplência. Isso ocorre especialmente após um número determinado de parcelas não pagas, podendo levar à apreensão do bem.
No entanto, o devedor tem a possibilidade de renegociar a dívida, buscando alternativas para evitar a perda do bem. Como informa o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, a legislação brasileira garante ao devedor alguns direitos em relação à renegociação, como a possibilidade de parcelamento da dívida ou até mesmo a revisão de condições que se tornaram abusivas devido ao atraso. Em alguns casos, a negociação pode resultar na manutenção do bem financiado.
Quais são os direitos do devedor em caso de inadimplência?
Apesar das consequências do atraso, o devedor tem alguns direitos que precisam ser respeitados pelo credor. O Código de Defesa do Consumidor, por exemplo, garante que a cobrança de encargos deve ser clara e não abusiva. O devedor também tem o direito de ser informado sobre a possibilidade de renegociar a dívida, evitando a perda do bem ou danos maiores à sua saúde financeira.
Além disso, como elucida o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, a legislação brasileira estabelece que, em alguns casos, a retomada do bem financiado deve ser precedida de um processo judicial, garantindo ao devedor a chance de se defender. Caso o bem seja levado para leilão, o valor obtido deve ser utilizado para quitar a dívida, e eventuais sobras devem ser devolvidas ao devedor. Esse direito de defesa é essencial para evitar abusos e proteger o devedor.
Por fim, como ressalta o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, o atraso das parcelas do financiamento podem acarretar consequências sérias para o consumidor. Entre elas está a restrição do nome do devedor ao tê-lo incluído no cadastro de inadimplentes, e a confiscação do bem financiado. Contudo, o devedor deve estar ciente de seus direitos e das possibilidades de renegociação.