Em entrevista, presidente diz que “campo democrático” polariza com oponentes e citou Jair Bolsonaro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou sobre a polarização entre os campos políticos brasileiros e fez críticas a grupos que citou como de extrema direita, em entrevista ao jornal A Tarde, de Salvador, veiculada nesta segunda-feira (1º).
“Não é apenas o PT e a centro esquerda que polarizam com a extrema direita. É o campo democrático, todos aqueles que lutam contra a mentira, a intolerância e o negacionismo. A direita que aceitar a pauta da extrema direita será engolida por ela”, avaliou.
Lula citou como exemplo a atuação do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia de Covid-19 e após as eleições gerais de 2022.
“Não dá para achar normal a insanidade que foi o governo anterior, as centenas de milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas na pandemia. A não aceitação do resultado das eleições”, disse.
“Eu acho que temos que ter mais democracia, mais alianças entre os que defendem a democracia mesmo que de correntes políticas distintas, e democracia com resultados concretos para conquistarmos o apoio da maior parte da população e continuarmos derrotando a extrema direita, como fizemos nas eleições de 2022”, completou.
Em outro momento da entrevista, quando questionado sobre as expectativas para as eleições municipais deste ano, o petista voltou a defender os valores democráticos.
“O que espero é que os brasileiros valorizem seu voto e apoiem políticos que defendem a democracia e o diálogo e digam um sonoro não aos negacionistas da democracia e da ciência.”
O presidente viajou à Bahia nesta segunda-feira. A agenda inclui anúncios de investimentos do governo federal em Feira de Santana e na capital, Salvador, além de almoço com o governador baiano, Jerônimo Rodrigues (PT).