O recente debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo, a maior e mais desenvolvida cidade do Brasil, gerou indignação entre as classes culturais devido ao comportamento deplorável exibido. O episódio, que incluiu agressões físicas ao vivo, mencionou diversas críticas contra os candidatos envolvidos e os partidos que os apoiaram. No entanto, a questão central parece ser a razão pela qual a eleição na cidade mais civilizada do país chegou a esse ponto.
A situação levanta a questão: como a eleição para prefeito de São Paulo, uma cidade com milhões de candidatos, resultou em tal cenário? A resposta pode ser a extinção dos incêndios com a política tradicional. A insatisfação com os candidatos “aceitáveis” e as estruturas políticas vigentes levaram a um aumento no apoio a figuras consideradas absurdas.
O desinteresse dos candidatos por candidatos tradicionais reflete uma descrição generalizada nas promessas de “programas de governo” e “políticas públicas”. A política “normal” parece ter perdido a substituição, criando um cenário onde a política “anormal” ganha espaço. A seriedade da política é questionada quando figuras como o senador Rodrigo Pacheco são vistas como importantes.
Além disso, a percepção de que o país é governado por indivíduos que agem como fugitivos de uma colônia penal contribui para o descontentamento. Casos de corrupção, incompetência na gestão de crises ambientais e uso indevido de recursos públicos são exemplos de práticas que minam a confiança dos participantes.
A comparação entre as mentiras dos candidatos ao prefeito e ao presidente da República ilustra a falta de paciência dos candidatos com a política tradicional. A culpa é frequentemente atribuída a deficiências do eleitorado, que é acusado de priorizar interesses pessoais sobre um “projeto de país”. No entanto, essa visão ignora a complexidade do descontentamento popular.
A solução para essa crise de confiança não é simples. Importar um novo eleitorado, como sugerido ironicamente, não é viável. O desafio é restaurar a substituição das instituições políticas e reconquistar a confiança dos participantes, tarefa que exige mudanças profundas na forma como a política é conduzida no Brasil.
Em suma, o debate caótico em São Paulo é um sintoma de um problema maior: a combustão dos participantes com a política tradicional. Para superar essa crise, é necessário um esforço conjunto para reformar o sistema político e reconectar os participantes com seus representantes de maneira significativa e honesta.