De acordo com a enfermeira Nathalia Belletato, a educação em enfermagem tem passado por uma impressionante evolução ao longo dos anos, acompanhando as transformações na área da saúde e as exigências de uma sociedade cada vez mais complexa. O papel dos enfermeiros mudou drasticamente, e sua formação precisou se adaptar para enfrentar novos desafios e integrar avanços tecnológicos.
Desde as primeiras escolas de enfermagem até os dias atuais, essa jornada reflete o compromisso com a excelência no cuidado ao paciente e o desenvolvimento de uma profissão vital para a saúde pública. Se você se interessa por esta profissão e quer saber mais sobre seu desenvolvimento ao longo dos anos, continue essa leitura até o final!
Como a educação em enfermagem começou?
No final do século XIX, a educação formal em enfermagem começou a se estruturar, fortemente influenciada por figuras como Florence Nightingale. Ela foi pioneira na formação de enfermeiras com um enfoque no treinamento prático e teórico, o que criou as bases da profissão moderna. As primeiras escolas de enfermagem enfatizavam habilidades práticas e um forte senso de disciplina, com uma estrutura hierárquica rígida.
Durante essas décadas iniciais, como pontua a entendedora Nathalia Belletato, a enfermagem era vista como uma extensão do cuidado familiar, e muitas enfermeiras eram formadas em instituições religiosas ou hospitalares. Isso refletia uma visão mais vocacional do que profissional, onde o papel da enfermeira era principalmente de apoio aos médicos, sem grande ênfase na autonomia.
A transição de uma profissão informal para um campo de estudo formalizado aconteceu gradualmente. Com o passar do tempo, o ensino teórico começou a ganhar maior importância, com disciplinas como anatomia, microbiologia e farmacologia sendo incorporadas ao currículo.
A formação da primeira metade do século XX: o que mudou?
Segundo Nathalia Belletato, pós-graduada em saúde pública, a educação em enfermagem na primeira metade do século XX viu um grande avanço, especialmente com a expansão de escolas de enfermagem em diversos países. As duas guerras mundiais trouxeram à tona a importância dos enfermeiros, não apenas no apoio direto a médicos, mas como profissionais essenciais para o cuidado imediato e prolongado de feridos e doentes.
Com isso, as escolas de enfermagem se multiplicaram e passaram a ser mais valorizadas. Além do treinamento prático, as enfermeiras começaram a ser instruídas em novos procedimentos médicos e na gestão de emergências, refletindo o papel cada vez mais crítico que desempenhavam em situações de guerra. A inserção de matérias científicas como química e física no currículo trouxe uma abordagem mais técnica à formação.
A ascensão da educação superior em enfermagem: saiba como isso impactou a profissão
Nas décadas de 1960 e 1970, a enfermagem começou a ser reconhecida como uma profissão de nível superior, e muitas universidades começaram a oferecer programas de graduação e pós-graduação em enfermagem. Esse movimento foi fundamental para o avanço da profissão, já que a educação universitária trouxe uma base teórica mais robusta, além de promover pesquisas científicas na área.
Conforme elucida Nathalia Belletato, entendedora do assunto, os currículos universitários começaram a incluir disciplinas de ciências sociais, psicologia e saúde pública, expandindo o papel do enfermeiro para além do cuidado individual e enfatizando a importância da prevenção e promoção da saúde. As enfermeiras passaram a atuar também como educadoras, líderes e gestoras, contribuindo para o desenvolvimento de políticas de saúde.
Entenda como a tecnologia transformou a educação em enfermagem
Como comenta a enfermeira Nathalia Belletato, o final do século XX e o início do século XXI foram marcados por avanços tecnológicos que revolucionaram a educação em enfermagem. A introdução de simulações de alta fidelidade, o uso de computadores e o acesso à internet transformaram a forma como os enfermeiros aprendem e se preparam para o trabalho no ambiente de saúde.
Simuladores que replicam cenários clínicos reais começaram a ser usados em escolas de enfermagem para treinar estudantes em situações de alta complexidade. Esses simuladores permitiram que os futuros enfermeiros praticassem sem risco ao paciente, aumentando a confiança e as habilidades técnicas antes de entrarem em contato com situações reais.
Por fim, a evolução da educação em enfermagem ao longo das décadas reflete as mudanças no cenário da saúde e as demandas de uma sociedade cada vez mais complexa. O que começou como um treinamento prático e informal, hoje se transformou em uma formação acadêmica robusta, com ênfase na pesquisa científica, tecnologia e educação continuada.
Sendo assim, como é possível perceber, o futuro da enfermagem depende diretamente da qualidade da educação que esses profissionais recebem, como conclui Nathalia Belletato, e é certo que o desenvolvimento da profissão continuará a acompanhar as inovações e desafios do setor da saúde.