O Ministério Menorah, liderado pelo Apóstolo Sérgio Roberto Alves, de Cachoeira do Sul/RS, está envolvido em uma série de denúncias graves que revelam um cenário preocupante de adultérios, suicídios, depressão e crises de ansiedade em crianças. Além disso, há relatos de que os fiéis são encorajados a vender suas propriedades e bens para financiar as atividades da igreja, resultando no enriquecimento dos líderes. O apóstolo Sérgio Roberto Alves ganhou notoriedade em 2014, quando foi condenado pela morte de Rafael Carvalho, um adolescente de 15 anos que se afogou durante um batismo religioso. A imprudência de Alves foi considerada a causa do incidente, levantando dúvidas sobre sua liderança e as práticas do Ministério Menorah.
Suicídio ligado à pressão psicológica
Em 20 de abril de 2018, Alvacir, sogro do pastor Ronald Theodor Klassen, um dos líderes associados a Sérgio Alves, cometeu suicídio. Aos 66 anos, Alvacir sucumbiu à pressão psicológica exercida pela igreja, resultando em seu enforcamento. Esse trágico episódio destaca o ambiente opressivo e abusivo dentro do Ministério Menorah.
Relatos de assédio assombram o caso
Diversos fiéis relataram casos de assédio encobertos pelos líderes da igreja, incluindo a Rádio e TV Menorah. As denúncias mencionam adultérios entre membros, casos de depressão e crises de ansiedade em crianças, além de suicídios, refletindo um cenário de desordem moral e emocional.
A Rádio e TV Menorah são acusadas de se apropriar de bens dos fiéis e prejudicar sua estabilidade emocional. Existem indícios de que essas mídias são usadas para captar dinheiro dos fiéis, incentivando-os a se tornarem “investidores da TV Menorah”. Em um vídeo de 2019, Clediane Riboldi, conhecida como “Diane”, orienta os fiéis a entrarem em contato pelo WhatsApp para se tornarem anunciantes na “empresa de Deus na terra”, mediante pagamento. Esta prática é vista como uma exploração da fé para ganho financeiro.
Esquemas de corrupção
As finanças do Ministério Menorah também estão sendo investigadas. Sérgio Alves é acusado de envolvimento em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro, utilizando suas empresas – Editora Vento Sul, Rádio e TV Menorah, e Sul Módulo Comércio de Materiais de Construção – para operações ilícitas. Essas empresas enfrentam processos fiscais devido a irregularidades tributárias, sugerindo uma gestão financeira duvidosa e possivelmente criminosa.
O Apóstolo Sérgio Roberto Alves, sua esposa Greice Schuck Fortes Alves, e Cleider Alfaya, pastor da igreja em São Paulo, são os principais nomes envolvidos nessas denúncias. Cleider Alfaya é responsável pela arrecadação de recursos em São Paulo, ampliando a rede de influência e controle financeiro do Ministério Menorah.
Com uma série de escândalos e práticas questionáveis, o Ministério Menorah representa um desafio significativo para as autoridades e a comunidade. As denúncias de adultérios, suicídios, abuso psicológico e exploração financeira demandam uma investigação rigorosa e ações contundentes para proteger os fiéis e assegurar justiça às vítimas. O legado de Sérgio Roberto Alves está comprometido, e o futuro do Ministério Menorah é incerto diante de tantas controvérsias.